Não haverá quem queira saber por que a vida dela foi boa ou não, assim ou assado, mas sim quem fale ouça sinta que sim, valeu a pena, ela foi uma flor que desabrochou e espalhou seu perfume aos cinco cantos cantando em tom de mulher guerreira, e fez a minha vida mais bonita e a de muita gente também. E hoje agora enquanto a tinta marca estas linhas ela ainda está aqui, talvez esperando que aceitemos a sua partida, tão sofrida sufocada demasiado assistida até. O que aprendemos com ela, no viver morrer, lições incríveis de uma mulher incrível, cheia de defeitos felizmente e todos adoráveis, assim são as pessoas fortes, nossos super-herois, cheios de antagonismos, ironias e boas intenções. Amá-la-ei eterna e ternamente...
Muito se fala atualmente sobre um movimento minimalista, não no contexto artístico e literário, mas como uma espécie de sociedade alternativa que vem se desenhando em fuga aos apelos consumistas e narcisistas do zeitgeist . Em minhas tentativas de adesão ao minimalismo, fica evidente a dificuldade de inserção na sociedade consumista padrão quando se deseja afastar-se do supérfluo e do culto ao exagero. Perguntarão quem sou eu pra fazer tão atrevida análise, mas suponho que a história ajude um pouco a entender tal dificuldade. Em diferentes épocas e por não tão diferentes razões, as nações viveram tempos de escassez. Quando a crise passou, todos buscaram - e buscam - a abundância. Crise ainda há, certamente, mas mesmo - e principalmente - aqueles que a enfrentam acatam e pregam o "quanto mais, melhor". Experimente oferecer um jantar e minimizar o cardápio: ao invés de comida à vontade, uma porção por convidado. Experimente ter apenas duas camisas e revezá-la...
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