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Mostrando postagens de maio, 2014

Mutante

O desafio de se saber só - ou a sabedoria do amor próprio

Cada pessoa tem uma vida pra viver: a sua própria. Um trabalho a fazer, um amor a decifrar, alguns medos a enfrentar, uma família a sustentar, uns sapos a engolir, uma dor a curar... Estamos, ou deveríamos estar, todos ocupados o bastante com nossas próprias batalhas. Exceto àqueles que o destino fez dependentes a serem cuidados, a todos os outros cabe cuidar de si.  Como a vida é uma trama, a sociedade trata de misturar exércitos de um homem só, garantindo que ninguém consiga viver totalmente só, ou ao menos imune à influência que exerce, mesmo que involuntariamente, sobre a a vida do outro. Nesse cenário, conhecer a si mesmo já é desafio pra uma vida. Aprender o outro, então, pode ser um suplício ou uma aventura. E é aí que parece estar o segredo: pra quem se gosta, aventura; pra quem está perdido em si mesmo, suplício. Aventuremo-nos, pois! Que a vida sempre pode nos surpreender.

De tudo aquilo que é ruim

As dores que me foram causadas, O desrespeito a mim prestado, As agressões que me infligiram, As omissões que me atingiram, As mentiras que me contaram, A ira a mim direcionada, As injustiças contra mim cometidas, A deslealdade, O abandono, A descrença, A ofensa, O desamor. Que eu seja capaz de perdoar E ainda responder com flores e paz. Porque nada disso cabe em mim, Que não tenho armas, E espero seguir não tendo.

De tudo aquilo que é bom

A sorte com que sou agraciada, As coincidências que me concedem os momentos sublimes, Os nasceres e pores do Sol que me presenteiam, Os beijos mais doces no meio do corredor, As comemorações fora de hora, O amor fraternal, o maternal e o paternal, O passado, presente e futuro, A história que faz de mim eu, O dia de hoje e suas horas voláteis, Os que me visitam nos meus sonhos madrugadas adentro, Os que me acompanham nos meus sonhos vida afora. Reverencio em gratidão. Faz tudo parte de mim, sim, obrigada. De mim, que sou inteira, não meia. Que sou completa, não carente. Que sou, sim, merecedora E espero seguir sendo.

Minha batalha, minha vitória

Imensa e talvez eterna, acalenta a alma essa dor ocasional que me lembra o tamanho da minha coragem e do meu amor próprio. Me traz um orgulho de ser quem sou e de ser capaz de me manter fiel aos meus valores e de me reconstruir e de seguir em frente ainda melhor e mais feliz finda a tempestade. O medo e a ilusão, embora por vezes presentes, já não me regem. Sinto confiança e sinto alegria, sinto a tranquilidade e a vontade de viver, e a força pra apreciar e transformar essa vida a cada dia. E agradeço, sim, a Deus - a quem mais? - por ter me acompanhado e por permanecer ao meu lado, em parceria, em cumplicidade, em amor.

Mon cadeau

Chuva fina sobre a gôndola, uma aura de harmonia, um flerte sem máscaras. Assim é a minha verdade.