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Mostrando postagens de março, 2012

Mas eu me esbaldo...

E como quem eu amo faz falta! Faz falta como aquela gota última que bastaria pra matar a sede, Como o travesseiro que falta ao sono completo, Como o beijo querido não recebido, talvez não merecido. Quem eu amo me tira a fome, e me traz o medo, o medo de não tê-lo. Eu amo e quero, e quero agora. Que pena as estradas existirem, que pena a ciência tão insuficiente... Traz-me, pois, sua voz, não preciso de mais.

Melancolia

Quando começo a pensar no absurdo, que não se pode adjetivar, fico perplexa com minha aparente e conformada - talvez confortável - passividade consciente. Porque é diferente quando se percebe o absurdo. Para quem não enxerga, ainda pode haver redenção. Mas eu vejo, e nada faço. Até penso que faço, ou que tento fazer, mas é tão pequeno que quase não exige sacrifício. Ouso dizer que o sacrifício é muito mais interno, físico-mental. É dolorosa a sensação de pertencer ao mundo. Muito mais poético seria acreditar que sou parte dele, e essa é uma defesa que quase sempre funciona, mas a verdade é que ele me possui e só. A liberdade é uma doce utopia, amarga ilusão. Caberia dizer que o mundo é torto, e o único no cardápio, não fosse 'torto' defeito justamente por conta de convenções absurdas como este mundo, o que criou as convenções. Talvez se fosse torto mesmo seria melhor, porque mais natural. Mas o mundo na verdade segue uma linha bem planejada pra ser bom a quem o conduz. A ex