Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2016

Dindar

Ela, eu, você. E ela. Todos olhares, o meu, o seu, o nosso, se voltam pro dela. A onda mágica molha os pés da menina, que, pequena, nos olha. Com o mesmo encanto, encara a vida e nos convida a olhar também. Areia nos pés, mãos entrelaçadas, promessa de amor, presente de irmã. A menina e o mar, e nós a dindar.

Infinitos

Buscar o infinito, olhando pra trás... Quem ousaria? Contrariando, é lá que ele está. (onde mais seria?) Desafiando nossa lógica (limitada) compreensão, a ideia do infinito é a apoteose da abstração: sem vez no agora, quando tudo só é se concreto for. Em tempo de amores líquidos, tudo se finda. (menos meu amor por você) Tudo é matéria, e tem que acabar logo. Substituir, e logo acabar, de novo. Contemplar o infinito cura almas e córneas. Mas quem seduz é a tela. Porque faz invisível o vazio de dentro, e sufoca o espaço dos olhares profundos. A matemática diz: entre arte e ciência cabem infinitas nuances. Não, não diz. Deveria, porém. A solução mora (justamente) no oceano de pontinhos (inclassificáveis) que transitam (livremente) entre a poesia e o método, entre as pontas do clichê em que duelam emoção e razão, mal e bem. (Se eu conseguir) unir as pontas... (Se eu conseguir) me achar nas pontas... Infinito é o caos que me co

Des-coberta

Envolva-se com erva daninha e danou-se. Só que não. Não me dobro à tua baixeza de espírito, não preciso dos teus cães de guarda, nem de ti. (olha só) Vai, vive, fazendo-te de feliz. (é o que melhor cola) Arrasta-te pelo mundo, cobra, e enganas a quem... (não a mim) Eu, por aqui, ando descoberta, por aí, descobrindo os males que tu plantaste, que vingam apenas em terreno teu. Eu, por aqui, choro, sim, sofro as perdas que me causaste. (supostos amigos, enfim) Eu, por aqui, já não desejo nada a ti. Apenas sigo, sem medo mais. (em paz)