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Mostrando postagens de agosto, 2013

Ode ao passado

Objeto do meu amor atemporal, ele não entende - que pena - minha forma de amar. Compreendo sua angústia, sua tristeza, sua revolta, e até seus surtos que tanto nos ferem. Acontece que a perda não vem suavemente, ela assola a alma quando nos damos conta do que perdemos, e nos leva aos extremos.

Not ready yet

O tal mimimi sempre me irritou. E agora me irrita ainda mais quando o reconheço em mim mesma. É patético choramingar quando se tem uma vida cheia de possibilidades nas mãos e um ou dois motivos de lamento. É tudo medo. Medo do arrependimento, medo do fracasso, medo do julgamento, medo dos dedos apontando na sua direção. Não deixa de ser, em todos os casos, medo de viver, o que é inaceitável. Não estou pronta ainda, é óbvio. Que venham as consequências.

Ditadura do perdão

Que se doam as alcoviteiras! Da minha dor cuido eu, E o perdão que era nobre Já virou obrigação. Sou eu que te perdoei e te deixo, Sou eu que te amei e te esqueço, Sou eu. Comigo nada carrego senão a beleza das flores que se foram com seu perfume. De mim nada terá senão a memória das mãos que se foram com seu carinho. Ao vento deixo a doce função de espalhar o que se fez de bom, E limpar a sujeira de cada coração. Na minha encruzilhada fechei os olhos E lhe dei as mãos. Abri meu melhor sorriso E fui, em redenção.

As suas analogias

Ele me olha e vê uma música E cria uma imagem em seus ouvidos Que ele recita nos meus ouvidos Sussurrando com o olhar perdido Enquanto me seduz sem perceber. Ele me abraça com o olhar E me envolve com seu calor Que conduz minhas mãos Em uma dança entorpecida Enquanto nos tornamos um.