Pular para o conteúdo principal

Des-coberta

Envolva-se com erva daninha
e danou-se.
Só que não.
Não me dobro à tua
baixeza de espírito,
não preciso dos teus
cães de guarda,
nem de ti.
(olha só)

Vai, vive, fazendo-te de feliz.
(é o que melhor cola)
Arrasta-te pelo mundo, cobra,
e enganas a quem...
(não a mim)

Eu,
por aqui,
ando descoberta,
por aí,
descobrindo os males que
tu
plantaste,
que vingam apenas
em terreno
teu.

Eu, por aqui, choro, sim,
sofro as perdas
que me causaste.
(supostos amigos, enfim)

Eu, por aqui, já não desejo nada
a ti.
Apenas sigo,
sem medo mais.
(em paz)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dia após dia

Dia após dia eu sigo, Naturalmente olhando um pouco mais pro meu umbigo, Que traz recordações, ela diz, Do tempo em que eu quase existia, Quase vivia, Sublocando um útero molhado, Pra onde, ela diz, Quero voltar Quando a escada parece alta demais.
Oito de março de dois mil e vinte e um, nove da noite. Você finalmente se senta e pensa em escrever alguma coisa interessante. O dia foi ótimo. Você acordou às seis e meia (normalmente sua filha te chama antes das seis) depois de ter ido dormir por volta das onze. Teve uma interrupção na madrugada, nada demais. Ela te chamou, você foi lá, ela te abraçou e logo voltou a dormir. Você também não teve muita dificuldade pra dormir depois de voltar pra sua cama. Sua filha levou quase uma hora até escolher uma roupa que a deixasse satisfeita. Ela está na fase em que as roupas ganharam um significado, e não servem mais apenas pra cobrir o corpo. Uma hora ela quer vestir saia de tule e collant (isso veio depois que você e ela se fantasiaram e dançaram a tarde toda no quintal pra curtir o Carnaval cancelado pela pandemia), mais tarde é a roupa do Simon (o coelho do desenho), e às vezes no mesmo dia são cinco papéis (o que dá cinco roupas também) diferentes que ela interpreta (junto com você, a q...

Imagem do meu ser

O espelho me tomou de assalto numa noite sem graça regada a cachaça, e cercada de cenas me vi a chorar. Da minha infância o filme brotou: canavial e garapa, aniversário de criança, cavalgadas na fazenda, o velório do meu avô. Quantas marcas, saudosas marcas... Reticências de uma vida, nos ensinam essas memórias a saborear o próximo vento e jamais perder a chance de viver mais um só tempo...