Foram menos de dois meses, acho. Entre a escalada do fim e a queda livre do começo. No limbo, você se pergunta como chegou até ali, e, num misto de alívio e desespero, tenta encontrar a saída do labirinto. Alguns episódios de lucidez:
1) Uma fila de "balada". Livre pra beijar quem quiser, você não quer beijar ninguém. Ninguém ali lhe parece interessante, simplesmente porque o ambiente todo não lhe interessa. Segundos antes de passar pela entrada, você dá meia-volta e respira, feliz: foi uma linda e longa caminhada ao autoconhecimento, aqui não é o seu lugar.
2) Uma tarde no cinema da elite. O filme é ótimo, você tem dinheiro pra pagar a entrada, o almoço, etc. Mas ao redor é tudo plastificado, pessoas exalando status. Você passa entre elas se sentindo um peixe fora d'água, e pensa: definitivamente, aqui não é o meu lugar.
…subterfúgios que só empobrecem o espírito livre de quem gosta da simplicidade.
3) Piquenique com a família, bolo de laranja e limonada. Bolo de laranja feito a seis mãos com as meninas. Toalha estendida na grama e a família chegando e se aconchegando.
4) Tarde com as amigas regada a chope. Nenhum ruído do mundo ao redor, as vozes conhecidas e acolhedoras, risadas e mais risadas, abraços.
…colheradas de cumplicidade e carinho pra reacender a esperança.
Pessoas são feitas de valores. Cada um sabe o que quer, do que gosta. Essas coisas não mudam muito. A gente apenas as esquece e luta contra elas quando o mundo nos assusta.
Por um tempo achei que a parte mais difícil fosse o medo. De terminar, de começar. De abrir mão do elo que se construiu, do conhecido, da zona de conforto. De se lançar ao novo, ao desconhecido, quase um campo minado. A sensação é de tempo perdido mesmo, e à medida que vamos envelhecendo, o tempo parece escorregar entre os dedos.
Troque a palavra "medo" por "preguiça", e aí está a resposta.
Construir uma história é uma aventura, um desafio. É como o banho gelado. Se você não enfrentar a resistência inicial, não vai receber a energia que percorre seu corpo no final.
1) Uma fila de "balada". Livre pra beijar quem quiser, você não quer beijar ninguém. Ninguém ali lhe parece interessante, simplesmente porque o ambiente todo não lhe interessa. Segundos antes de passar pela entrada, você dá meia-volta e respira, feliz: foi uma linda e longa caminhada ao autoconhecimento, aqui não é o seu lugar.
2) Uma tarde no cinema da elite. O filme é ótimo, você tem dinheiro pra pagar a entrada, o almoço, etc. Mas ao redor é tudo plastificado, pessoas exalando status. Você passa entre elas se sentindo um peixe fora d'água, e pensa: definitivamente, aqui não é o meu lugar.
…subterfúgios que só empobrecem o espírito livre de quem gosta da simplicidade.
3) Piquenique com a família, bolo de laranja e limonada. Bolo de laranja feito a seis mãos com as meninas. Toalha estendida na grama e a família chegando e se aconchegando.
4) Tarde com as amigas regada a chope. Nenhum ruído do mundo ao redor, as vozes conhecidas e acolhedoras, risadas e mais risadas, abraços.
…colheradas de cumplicidade e carinho pra reacender a esperança.
Pessoas são feitas de valores. Cada um sabe o que quer, do que gosta. Essas coisas não mudam muito. A gente apenas as esquece e luta contra elas quando o mundo nos assusta.
Por um tempo achei que a parte mais difícil fosse o medo. De terminar, de começar. De abrir mão do elo que se construiu, do conhecido, da zona de conforto. De se lançar ao novo, ao desconhecido, quase um campo minado. A sensação é de tempo perdido mesmo, e à medida que vamos envelhecendo, o tempo parece escorregar entre os dedos.
Troque a palavra "medo" por "preguiça", e aí está a resposta.
Construir uma história é uma aventura, um desafio. É como o banho gelado. Se você não enfrentar a resistência inicial, não vai receber a energia que percorre seu corpo no final.