Às vezes o afastamento é a única saída. Afastar-se do que aflige, do que inquieta, do que machuca. Somos apenas pequenos pontos no espaço. Pequenos, ignorantes de nossa própria origem e nosso próprio destino, sem controle algum sobre nossos pares. Nada nos resta senão aquietar a alma - ou o que temos por alma - e sorrir. O sorriso e a felicidade despretensiosa pacificam e emanam a energia positiva de que as almas inquietas carecem. Energia que flui pelo espaço, e não conhece distância nem quaisquer obstáculos. Afastar-se para deixar a energia fluir. Afastar-se em respeito aos sentimentos de cada um. Afastar-se para curar as almas.
O espelho me tomou de assalto numa noite sem graça regada a cachaça, e cercada de cenas me vi a chorar. Da minha infância o filme brotou: canavial e garapa, aniversário de criança, cavalgadas na fazenda, o velório do meu avô. Quantas marcas, saudosas marcas... Reticências de uma vida, nos ensinam essas memórias a saborear o próximo vento e jamais perder a chance de viver mais um só tempo...
Comentários
Postar um comentário