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Esquilinho

À velocidade da luz caminham meus pensamentos,
Devaneios de uma forasteira eternamente perdida.
Enquanto a luz viaja para nos mostrar o mundo,
Ele se acaba.

Ao lado dele desatenta sigo.
Do futuro alguém nos vê
E adivinha nosso fim.

Tudo é uma coisa só porém,
E assim estamos salvos
Eu, você, o buraco na calçada e a ratazana atropelada.

Em busca de uma paz já encontrada,
Vejo um esquilo, uma entre tantas graças da natureza.
Presente aceito e celebrado, a paz aumenta,
Com ela a felicidade, plena e lúcida.

Sinto o cheiro da serenidade
E não preciso mais batalhar por ela.
Suspiro...
Não há mais nada a temer.

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