Quando começo a pensar no absurdo, que não se pode adjetivar, fico perplexa com minha aparente e conformada - talvez confortável - passividade consciente. Porque é diferente quando se percebe o absurdo. Para quem não enxerga, ainda pode haver redenção.
Mas eu vejo, e nada faço. Até penso que faço, ou que tento fazer, mas é tão pequeno que quase não exige sacrifício. Ouso dizer que o sacrifício é muito mais interno, físico-mental.
É dolorosa a sensação de pertencer ao mundo. Muito mais poético seria acreditar que sou parte dele, e essa é uma defesa que quase sempre funciona, mas a verdade é que ele me possui e só. A liberdade é uma doce utopia, amarga ilusão.
Caberia dizer que o mundo é torto, e o único no cardápio, não fosse 'torto' defeito justamente por conta de convenções absurdas como este mundo, o que criou as convenções. Talvez se fosse torto mesmo seria melhor, porque mais natural. Mas o mundo na verdade segue uma linha bem planejada pra ser bom a quem o conduz.
A existência assim se torna mero passatempo, os sentimentos contaminam-se pela superficialidade das emoções vazias e das negativas, e as pessoas, essas que a gente costuma chamar humanidade, seguem robotizadas e pseudofelizes, como convém aos deuses que as regem.
Difícil mesmo é admitir ser uma delas.
Mas eu vejo, e nada faço. Até penso que faço, ou que tento fazer, mas é tão pequeno que quase não exige sacrifício. Ouso dizer que o sacrifício é muito mais interno, físico-mental.
É dolorosa a sensação de pertencer ao mundo. Muito mais poético seria acreditar que sou parte dele, e essa é uma defesa que quase sempre funciona, mas a verdade é que ele me possui e só. A liberdade é uma doce utopia, amarga ilusão.
Caberia dizer que o mundo é torto, e o único no cardápio, não fosse 'torto' defeito justamente por conta de convenções absurdas como este mundo, o que criou as convenções. Talvez se fosse torto mesmo seria melhor, porque mais natural. Mas o mundo na verdade segue uma linha bem planejada pra ser bom a quem o conduz.
A existência assim se torna mero passatempo, os sentimentos contaminam-se pela superficialidade das emoções vazias e das negativas, e as pessoas, essas que a gente costuma chamar humanidade, seguem robotizadas e pseudofelizes, como convém aos deuses que as regem.
Difícil mesmo é admitir ser uma delas.
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